Quem é esta dama silenciosa, que desliza por sobre
o mármore com seus pés alvos e pequenos?
Quem é este ser que se confunde com as brumas e,
desfazendo-se, deixa somente um perfume de incenso no ar?
É a mulher em alma e presença, que mesmo sem ser totalmente
e humana fêmea, ainda assim emite o tom exato do feminino em tudo que toca.
De todos os muitos e lindos aspectos da sacerdotisa, o que mais gosto
é o papel de intermediária entre os mundos superior e inferior,
dos vivos e dos mortos, do visível e do invisível.
Ela é Perséfone que alterna seus dias ao lado do amado Hades,
deus dos Mundos Inferiores, e da mãe Ceres, que garante
a fértil colheita na superfície do planeta.
Ela é Morgana, que passeia por Camelot, interage com os cavaleiros,
e ao mesmo tempo atravessa para o Mundo das Fadas ou chama
a barca que a leva até Avalon, fora do tempo e do espaço.
Ela é o silêncio que tudo diz, pois fala diretamente à alma.
Ela é o segredo o mistério, a intuição, a percepção.
Enquanto o Mago traz o templo para o nosso mundo concreto,
a Sacerdotisa nos leva ao templo, faz com que nossos corpos
percam a densidade e entrem em outras dimensões,
outros planos, outras realidades.
Olavo Bilac escreveu o texto abaixo e batizou-o de A Montanha,
mas eu, com o devido respeito, preferia vê-lo como
uma homenagem sutil e divina à sacerdotisa...
Um comentário:
Amei!!! Gente, que legal!!! Até copiei para mim!!!!
Lindo!!!!
bjs
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