segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Solidariedade

      *Diz um grande pensador, que a solidão do homem da metrópole não é a solidão que o rodeia, mas a solidão que o habita.*

Há pessoas que se sentem sós mesmo estando rodeadas de gente. Por essa razão, percebemos que o problema não é externo, mas da intimidade do ser.

*E por que é que se sente só, mesmo não se estando a sós?*

Talvez a solidão se instale na alma porque encontra nela um vazio propício a agasalhá-la. Se não houvesse espaço, é bem possível que ela ali não fizesse morada.

*Mas, afinal, como é que podemos preencher esse vazio e espantar a solidão?*

A fórmula é bem simples. É tão simples que talvez por isso mesmo ninguém acredite na sua eficácia.

*Há mais de dois milênios ouvimos falar dela, portanto, não se trata de nenhuma descoberta recente.*

Estamos falando da caridade, como a prescreveu Jesus.

Se abandonássemos o nosso estreito mundo e buscássemos o contato com nossos irmãos carentes e infelizes, por certo preencheríamos o vazio em nossa intimidade, de tal forma que a solidão não encontraria ali espaço para se acomodar, embora tentasse.

*E isso acontece de forma tão natural que, ao nos envolvermos com os sofrimentos alheios, tentando aliviá-los, esquecemos de nós mesmos e isso causa uma satisfação muito salutar.*

Quem ainda não experimentou essa terapia, tente. Vale a pena! E não custa nada, a não ser o investimento da vontade firme e da disposição de vencer a solidão.

*E nesse caso, o campo é muito vasto. É fácil encontrar alguém que precise de você.*

Seja um doente solitário num hospital, uma criança num orfanato, uma pessoa idosa abandonada pela família, uma mãe que precise de ajuda para cuidar dos filhos, um pai desesperado com os filhos cuja mãe faleceu, um estômago vazio para saciar, um corpo tiritando de frio para agasalhar e assim por diante...

Parece difícil, mas mudar o foco é fundamental, sair da dor trabalhando a dor dos outros nos ajuda as vezes a compreender nossa dor de forma mais simples.

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