sexta-feira, 21 de junho de 2019

EXEMPLO A SEGUIR

Iniciativa de chef já ajudou na ressocialização de mais de 200 homens e mulheres que estiveram na cadeia pelos mais variados tipos de crimes; veja
Em Cleveland, um chef de cozinha de 36 anos decidiu apostar na recuperação de ex-detentos com alta gastronomia
Reprodução/CNN - 16.01.2017
Em Cleveland, um chef de cozinha de 36 anos decidiu apostar na recuperação de ex-detentos com alta gastronomia
Nas últimas semanas, o Brasil acompanha atônito a mais trágica crise já vista em nosso sistema carcerário. Superlotação, rebeliões, guerra de facções, barbárie. Diante desse cenário de falência, é praticamente impossível acreditar que algum detento tenha condições de retornar à sociedade com chances de trabalhar de forma digna. Enquanto isso, em Cleveland, nos EUA, um chef de cozinha de 36 anos decidiu apostar na recuperação de ex-detentos com a ajuda da alta gastronomia.

Em entrevista à rede de televisão americana “CNN”, Brandon Chrostowski conta que sua própria história o inspirou a fazer algo pelos ex- detentos . Quando tinha 18 anos, o cozinheiro foi preso depois de fugir de policiais que investigavam uma denúncia de uso de drogas. Réu primário, não ficou encarcerado e cumpriu uma pena alternativa. Logo depois, conheceu um chef que se tornou o seu mentor e o colocou no lugar de onde nunca saiu: a cozinha.
Desde 2013, mais de 200 ex-detentos cumpriram o programa de seis meses
Reprodução/CNN - 16.01.2017
Desde 2013, mais de 200 ex-detentos cumpriram o programa de seis meses

Depois de crescer profissionalmente e construir uma bem-sucedida carreira, Chrostowski criou o Instituto de Liderança e Restaurante Edwins, há quatro anos. Seu programa oferece de 40 a 50 horas semanais de treinamento a ex-presidiários, passando por todas as áreas do restaurante.

Os alunos aprendem desde o manejo apropriado de facas até noções básicas sobre vinhos. Durante o dia, têm aulas de culinária. E, à noite, colocam em prática o que aprenderam cozinhando e atendendo os clientes do restaurante clássico francês. "Uma vez que eles aprendem, podem trabalhar em qualquer lugar", afirma Chrostowski.
E o programa vai além. Os alunos recebem um pagamento semanal e uma parte das doações recebidas por clientes através de gorjetas pelo trabalho. Um assistente social auxilia os participantes com aconselhamento, a busca por habitação e até mesmo a obtenção de documentos pessoais.

Desde 2013, mais de 200 ex-detentos cumpriram o programa de seis meses. Nenhum voltou para a prisão e 90% deles continuaram no ramo em outros empregos. No futuro, Chrostowski planeja expandir sua iniciativa com um açougue, uma peixaria, uma loja de temperos e o que mais for possível. "Isso melhora nossa comunidade e aperfeiçoa a educação de nossos estudantes. O Edwins é uma pequena parte de nossa jornada."
Fonte: Último Segundo - iG @ https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/do-bem/2017-01-16/detentos.html

Conheça o restaurante mexicano que contrata apenas ex-presidiários e imigrantes desde 2005.
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Localizado em uma rua movimentada na região norte de São Francisco, o restaurante Cala passa despercebido aos olhos menos atentos. Pequeno e com uma fachada discreta, o mexicano acabou virando um dos queridinhos da cidade por conta de seus pratos criativos e, principalmente, de seu método pouco ortodoxo de contratações.

Restaurante mexicano Cala, em São Francisco, ganhou notoriadade por seu regime de contratação
Liderado pela premiada chef Gabriela Cámara, que já faz sucesso há duas décadas com o Contramar, na cidade da México, o restaurante conta com uma equipe formada apenas por imigrantes e/ou ex-presidiários.
A iniciativa é da própria Cámara, que diz acreditar que “todos merecem uma segunda chance”. A cozinheira, que é bastante ativa politicamente, também adota outras práticas incomuns, como plano de saúde, dental e seguro de vida para funcionários que trabalham 20 horas por semana. “Já passou da hora das pessoas pensarem em como tratam seus funcionários, e não apenas os clientes”, disse o cozinheira em uma entrevista para a revista Food e Wine.

A história do Cala chamou tanta atenção da mídia local, que acabou se transformando em um documentário da Netflix. “A Tale of Two Kitchens” explora a cultura de trabalho no restaurante em São Francisco e também do Contramar, no México.
No filme, Gabriela Cámara diz que a cultura mexicana é “desprezada” pelos americanos, mas que a comida do país é parte integral da alimentação dos Estados Unidos. A produção também falou com vários funcionários do local, que elogiam a política. “No Cala, todos são aceitos”, diz uma das garçonetes do local, identificada apenas como Dru.
Na visita da nosso equipe ao local, fomos coincidentemente atendidos pela “personagem” do filmes. Ao invés de olharmos o menu, pedimos por uma recomendação. Nos foi servido o sopes playeros, uma tradicional massa folhada mexicana recheada com feijões pretos, um creme branco leve e salada de ricota. O prato é acompanhado por um delicioso e bastante apimentado molho salsa verde.

Misturando política e gastronomia durante toda sua carreira, Gabriela Cámara deixou São Francisco no início do ano. Ela voltou ao México, onde trabalha como “conselheira” do presidente Andrés Manuel López Obrador, famoso por suas posições de esquerda e seu antogonismo ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Apesar da ausência da chef, o Cala segue funcionando normalmente e atraindo um bom público. A veia política do local também parece ter sido mantida. Ao pedirmos a conta, percebemos um recado em letras garrafais na parte de baixo da nota fiscal. “Imigrantes fazem a América grande. Nós nos orgulhamos de preparar e servir sua comida”, diz a nota, em uma clara resposta às declarações controversas do presidente norte-americano sobre imigração.
Fonte: IG Turismo

em https://odocumento.com.br/conheca-o-restaurante-mexicano-que-contrata-apenas-ex-presidiarios-e-imigrantes/

Ideias lindas que se repetem... dar um voto de confiança... acredita na humanidade... cliche mas funcional...

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