sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Pessoas que ferem, pessoas que curam

Falamos tanto das pessoas que ferem, que esquecemos das pessoas que curam. 
Existem pessoas que são um verdadeiro sol nos dias nublados das nossas vidas. 
Pessoas que nos estendem a mão, que nos encorajam, nos trazem à memória o que temos de bom e organizam nossos sentimentos. 
São verdadeiras bússolas divinas que nos norteiam quando estamos desorientados (Ivonete Rosa). 

Assim como há pessoas tóxicas, há pessoas medicinais que quando chegam perto da gente curam a nossa Alma (Andrew Amauricck). 

O que torna uma pessoa assim não é a ausência de defeitos, é a delicadeza nos gestos. 
É um dom que vai muito além do pensamento positivo. 
É o comportamento que se manifesta nas situações mais corriqueiras, quando não tem ninguém olhando. 
É uma gentileza desobrigada. 
É possível detectar essa fragrância nas pessoas que não usam um tom superior de voz. 
Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. É um dom que se pode observar em pessoas pontuais, que respeitam o tempo dos outros e seu próprio tempo. Essas pessoas desarmam a violência com a doçura e olham nos olhos ao conversar. 
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. 
A saída é desenvolver em si mesmo essa arte difícil de ser ensinada - pois não se encontra nos livros- e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara (Martha Medeiros - adaptação Rana Vitória). 

Essas pessoas tem cheiro de colo. 
Perto delas a gente se abre sem reservas mesmo sem entender porque. 
Ao lado delas nossa dúvida encontra alívio e nosso medo encontra abrigo. 
Perto delas nosso riso é mais solto e o choro não tem receio de brotar. 
Perto delas somos mais autênticos, e a vida ganha mais coerência e lucidez. 
Essas pessoas nos transmitem paz sem que nenhuma palavra seja dita. 
Silenciam nossa alma com cuidado e plantam sementes de otimismo em nosso coração. 
Gente que abraça a gente só com sua presença, amansando nosso desconforto (Fabíola Simões).

E mais uma vez percebemos como uma escolha entre dar atenção a quem nos faz bem ou não faz tanta diferença, e muitas pessoas estão percebendo e voltando a valorizar o bem.


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