sábado, 23 de novembro de 2019

Notas musicais no mundo

As notas são uma convenção, um código estabelecido para os músicos lerem as partituras. Mas o modelo ocidental, o famoso “dó-ré-mi”, é apenas um dos códigos. Dependendo do país ou do povo, cada som pode ser representado por notas ou marcações distintas. As partituras em que essas notas serão organizadas também variam de tradição para tradição. O modelo ocidental é o mais popular de todos e surgiu graças à Igreja, instituição responsável por oficializar e esquematizar o ensino musical na Idade Média.
O criador

As notas que conhecemos foram criadas pelo monge italiano Guido de Arezzo. Enquanto trabalhava no mosteiro da cidade de Pomposa, no final do século 10, Arezzo percebeu que os cantores gregorianos tinham dificuldade em memorizar as músicas sacras. Como a maioria das pessoas era analfabeta, a Igreja valorizava a música como o método mais poderoso de angariar fiéis

A sacada

O monge montou a sequência “ut-re-mi-fa-sol-la-si” baseando-se nas iniciais dos versos do Hino a São João Baptista, canção extremamente popular na época e, portanto, fácil de memorizar. No século 17, por ser muito difícil de ser lido, o “ut” virou “dó”

O dó-ré-mi não é universal

Em outras partes do mundo, o sistema de notas é diferente do ocidental. Na Coreia do Sul, por exemplo, o chongganbo é um esquema com diversas casas e células que indicam, simultaneamente, o timbre e a duração de cada nota a quem canta. Outros países cuja música usa sistemas diferentes são Índia, Rússia, Indonésia, China e Japão. E tem mais. O projeto Hummingbird, desenvolvido por um professor de piano norte-americano e um especialista em visualização de dados, pretende “descomplicar” a leitura de partituras no modelo ocidental e facilitar o ensino musical. Há críticos e defensores do método. O consenso entre músicos é que ele serve como uma boa introdução, mas que o jeito tradicional ainda é mais completo

Em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-as-notas-musicais-foram-descobertas-e-nomeadas/

C – D – E – F – G – A – B (inglês)
C – D – E – F – G – A – H (alemão)

Em: https://www.infoescola.com/musica/notas-musicais/

India

Raga, a notação indiana, é a mais semelhante à ocidental. Existem sete notas básicas dentro de uma escala: shadja, rishabh, gandhar, madhyam, pancham, dhaivat e nishad. Assim como o nosso sistema, as notas sofrem variações de nomenclatura conforme o timbre

Rússia

Antes da invasão das tradições ocidentais, os russos usavam sinais chamados “znamena” para transcrever as músicas com base nas melodias, e não nas notas. Então, os sinais representam a forma como tal parte deve ser cantada (alegre, forte, devagar, triste)

China

A notação chinesa segue o conceito do “dó móvel”, em que as notas não são absolutas e variam conforme a escala. Em vez de letras, os chineses usam ideogramas ou números para escrever as suas melodias, lidas, como o mandarim, de cima para baixo e da esquerda para a direita

Japão

Não há uma notação fixa. Existem diferentes sistemas para diferentes instrumentos e escolas. O ensino musical japonês, além da técnica, preza muito pela forma. Isso inclui postura, jeito de se vestir, onde as músicas serão tocadas e manejo e posição dos instrumentos. Acredita-se que, quando um aluno souber essas técnicas, um espírito descerá em seu corpo e o ensinará a tocar bem

Indonésia

Mesmo sem ter muita importância na tradição da música indonésia, o sistema de notação kepatihan baseia-se em sete números para as principais notas musicais e cinco números para as variações de timbre. Os pontos também estão presentes e representam se uma nota deve ser cantada uma oitava acima (ponto acima do número) ou uma oitava abaixo (ponto abaixo do número)

Hummingbird

Esse sistema de notação foi criado para ser uma forma mais simples de ensino musical, visto que a maneira tradicional pode assustar quem não sabe muito de música. Criado em 2013, recebeu críticas e elogios, mas não atingiu um grande nível de popularidade. Enquanto uns afirmam que a leitura e memorização de notas, durações e timbres melhorou, outros dizem que a simplificação tirou elementos importantes presentes no método clássico e não atinge a quantidade de detalhes presentes nos escritos musicais. O consenso entre os músicos é que o hummingbird serviria como uma boa forma de introdução, contudo, o jeito tradicional está tão enraizado na sociedade ocidental que, uma hora ou outra, qualquer músico precisará estudá-lo

Em:https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-sao-as-notacoes-musicais-diferentes-do-do-re-mi/

A música é linda e cheia de curiosidades... vamos finalizar com mais um....


A escala musical nada mais é do que uma sequência de sons, disposta de forma ascendente ou descendente, de acordo com a frequência, na qual se fundamenta a música. As escalas musicais são obtidas por meio de uma relação matemática bem definida entre as frequências de cada nota musical.

A divisão em intervalos com relação matemática é utilizada desde a época de Pitágoras, embora as escalas sejam diferentes, pois a audição humana percebe como agradáveis sons simultâneos que tenham frequências múltiplas umas das outras. Isto é, uma frequência de 261,6 Hz quando tocada simultaneamente com uma frequência de 523,3 Hz produz um efeito agradável.

Em: https://m.mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/notas-escalas-musicais.htm

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