terça-feira, 27 de agosto de 2019

Gita

Olha q curioso... na visita de uma amiga que me pediu p ler a letra de uma musica, eu comente nossa adoro essa musica... desde pequena rsrssr mas não sabia o nome, e ela me apresentou a musica com um contexto religioso, quando vi o nome pensei... caramba esse contexto ta me perseguindo, o Bhagavad-Gitã me foi apresentado a quase um ano, e quando vi o nome logo associei, pesquisando encontrei esclarecimento curiosos....
Foi inspirada no seguinte trecho do livro sagrado hindu Bhagavad Gita, em um diálogo entre o discípulo Arjuna e seu mestre Krishna, uma das manifestações de Deus.

Gita, de Raul Seixas, é baseada no Bhagavad-Gitã, parte do Mahabarata, que seria a "bíblia" da religião hindu de Krishna. No texto um guerreiro, Arjuna, interroga Krishna sobre o seu significado (de Krishna). Krishna responde com frases como: "Entre as estrelas sou a lua... entre os animais selvagens sou o leão... dos peixes eu sou o tubarão.... de todas as criações eu sou o início e também o fim e também o meio... das letras eu sou a letra A... eu sou a morte que tudo devora e o gerador de todas as coisas ainda por existir... sou o jogo de azar dos enganadores..." em que obviamente se basearam os versos de Gita.

Em: https://whiplash.net/materias/curiosidades/064508-raulseixas.html

Letras
Eu, que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando
Foi justamente num sonho que Ele me falou
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao seu lado
Você pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar
eu sou a a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou
Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada
Por que você me pergunta?
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar
Você me tem todo o dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim
Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor
Eu sou a dona de casa
Nos "peg-pagues" do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão
É, mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio
Eu sou o início, o fim e o meio
Fonte: LyricFind
Compositores: Paulo Coelho Souza / Raul Santos Seixas
Letra de Gita © Warner Chappell Music, Inc, Som Livre

Em https://www.google.com/search?q=gita&oq=gita&aqs=chrome..69i57j0l5.781j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

De curiosidade... segue mais sobre esse texto:

Lorde Krishna disse: Eu irei revelar o mais profundo conhecimento transcendental e o grande mistério transcendente, ó Arjuna, pois seu coração esta pronto e livre de contradições. O conhecimento de si mesmo é a coroação de todos os conhecimentos.

Tal conhecimento interno é o mais secreto dos conhecimentos. É profundamente sagrado, perceptível em seu todo somente com a ajuda da intuição, nos conduz ao reto caminho, uma vez compreendido é muito simples de ser praticado e, finalmente, é um conhecimento que reside além do tempo.
Ó Arjuna, aqueles que não tem fé neste conhecimento não conseguem chegar ate mim, e permanecem andando em círculos, através dos ciclos de nascimento e morte. Eu sou o menor dos menores e o maior dos maiores, tanto no que existe no tempo quanto no que é eterno.

Contemple o meu mistério divino, ó príncipe: Não pense que eu seja somente o universo conhecido, nem o que lhes resta conhecer. Eu sou aquele que tudo sustenta, aquele que tudo mantém, aquele que tudo preenche, mas eu não sou encerrado e limitado em “tudo”.

Assim como as brisas percorrem mundo inteiro sem serem percebidas e sem jamais deixarem de ser o “ar”, da mesma forma tudo o que há sopra em todo o universo, sem que nem uma pequena parte jamais deixe de existir dentro de mim, nem jamais deixe de ser o “tudo”.

Ó Arjuna, reflete bem sobre esse mistério! Através da minha natureza material, eu moldo todas as coisas, todos os seres e todas as formas. É a minha vontade de imaginar o que lhes dá existência, a natureza por si só é impotente para tal.

Todas essas obras de imaginacão, entretanto, não me mantem preso, ó príncipe, pois eu permaneço desapegado e indiferente embora presente em tudo o que existe. Atenta que é cumprida a minha vontade que a natureza material gera e extermina, dando origem aos seres e às coisas inanimadas.

É assim que todo universo se move. Os ignorantes me desprezam quando eu me revelo através de uma forma humana, pois eles não conhecem a minha natureza transcendental, e mal fazem ideia de que eu sou a grande essência presente em todos os seres. Assim, eles me tomam por uma pessoa comum.

Por serem egoístas em suas esperanças e ações, tolos em seu saber o conhecimento, eles habitam os charcos inferiores da consciência humana, onde predominam o engano e a brutalidade. É assim que passam por mim e no entanto, não me reconhecem.

Mas as almas grandiosas, ó Arjuna, que buscam desenvolver sua consciência superior, vivem unificadas a mim, e me dedicam suas vidas de todo o coração. Tais sábios me reconhecem em toda parte, como o que há de imutável, infinito e eterno – a origem de tudo!

Com firme determinação, eles me dedicam devoção inabalável, e em cada passo do caminho cantam minhas glorias, me tendo sempre como o alvo final de sua longa jornada. E há outros que me buscam através da aquisição de conhecimento transcendental, contemplando em todas as coisas a minha unidade e a minha natureza eterna.

Eu sou o ritual e também o sacrifício. Eu sou a oferenda, eu sou a erva, eu sou todos os mantras, eu sou todo o perfume, e também o fogo que consome o sacrifício. Eu sou o eixo que sustenta o universo, o pai, a mãe e o avô. Eu sou o objeto do verdadeiro conhecimento.

Eu sou a sílaba sagrada AUM, e todos os vedas. Eu sou o início e o fim do caminho. Eu sou o criador e também aquele que a tudo sustenta. Eu sou o juiz e a testemunha. Eu sou a mansão e o abrigo. Eu sou o refugiado e o amigo.

Eu sou o princípio e o fim. A origem, a fundação e a destruição. A substância e a semente eterna, que jamais deixará de dar frutos. Eu oferto o calor e a luz do sol. Eu comando e retenho a chuva. Eu sou tanto a morte, quanto a imortalidade. Eu sou tudo o que existe no tempo e, não obstante, eu sou sempre um e o mesmo, ó Arjuna.
Em: https://www.metropoles.com/bela-jornada/a-inspiracao-da-letra-da-musica-gita

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