sábado, 1 de agosto de 2020

Hoje é dia de Pachamama

Pachamama (“Mãe Terra”, na língua quéchua) é a divindade máxima das regiões andinas da Bolívia, Peru, norte do Chile e (vejam só) também do noroeste da Argentina.

Embora todo o mês de agosto seja marcado por celebrações dedicadas a essa figura cultuada nos países indígenas da América do Sul, é no dia 1º de agosto que acontecem os rituais em homenagem a essa figura relacionada com a fertilidade e a terra.

É nessa época que se alimenta a terra para que novos frutos sejam produzidos. Como forma de agradecimento à Madre Tierra, uma espécie de divindade agrícola que nutre os seres humanos, indígenas agradecem tudo o que foi conquistado, na colheita anterior, enterrando comidas da região, em um buraco na terra.

Ao longo do continente diversas festas são marcadas para esses dias como as comemorações na Isla del Pescado, no Salar do Uyuni; em San Antonio de los Cobres, na Argentina, onde acontece, desde 1995, a Fiesta Nacional de la Pachamama de los Pueblos Originarios; em províncias do norte argentino, como Jujuy, Salta, Formosa, Catamarca e Tucumán; e no povoado de San Pedro do Atacama, no norte do Chile.

Emhttps://viagemempauta.com.br/2017/07/31/dia-da-pachamama/



MÃE TERRA E SEUS MUITOS NOMES E FORMAS: Gaia, Gea (ou Rhea)/ Terra Mater, Pachamama, Pritivi, Mahimata, Danu, Erce (ou Erda), Mulher Aranha, Mulher Mutante, Nerthus, Haumea, Mayca Vlazna Zemlja (ou Syra Zemia), entre tantas outras. Os símbolos universais da Mãe Terra são a gruta, associado ao seu ventre, remetendo ao seu poder de nascimento e regeneração e acolhimento. Dizia-se que era por ali que tudo veio a ser, através das crateras e grutas da Terra.

Na tradição hindu, muitos templos e locais de peregrinação foram criados em grutas e cavernas, como as grandes yogins ou representação do aspecto do feminino. Nos templos das Ilhas de Malta e Gozo eram comum o método de se deitar sobre o corpo da Mãe Terra, em busca de cura e mensagens através dos sonhos, reconexão com a sabedoria da Terra, os seres dos outros planos e com os ancestrais.

Pachamama é reverenciada por toda a América Latina, especialmente na Bolívia, Peru, Equador e na Argente, como uma força suprema. Que tanta é a terra em si como a energia máxima do feminino. Ela reúne em si os poderes maternos (como Mama) e é a doadora dos alimentos e dos atributos do tempo e do universo (como Pacha). De origem aymará, ela é a deidade suprema dos indígenas nativos, honrada como Mãe – das montanhas e dos homens, Senhora – dos frutos e rebanhos, Guardiã – contra pragas e geadas, Protetora – nas viagens e caçadas, Padroeira – da agricultura e tecelagem.

Ela pode ser o dragão abaixo das montanhas causando os terremotos ou uma anciã que vive na floresta ou como o próprio corpo da terra. Independente da forma como ela foi e ainda é vista, ela é a lembrança de algo muito maior e de tudo aquilo do qual fazemos parte.

Os rituais à Pachamama sempre foram cuidados por mulheres. Muitas falavam suavemente com ela ou beijavam a terra, durante o plantio e as colheitas, às vezes, derramando uma oferenda de fubá, coca ou cerveja sobre sua superfície. Em outros períodos, como em casamentos, ela também era honrada por encorajar à fertilidade.

Houve e ainda há muitas formas de honrar, celebrar e conectar com a Mãe Terra. Todas as formas foram e ainda são muito bem-vindas. Tanto em rituais mais complexos e elaborados, até rituais mais tradicionais para o povo que vivem em áreas rurais ou na natureza, mais próximos a ela, até rituais simples e espontâneos para quem vive na cidade mais distante e muitas vezes, sem conseguir vê-la ou tocá-la em toda sua exuberância.

Porém, ela está dentro de nós também e podemos estabelecer essa conexão, respeito e honraria todos os dias. Assim, trabalhamos com Pachamama no macro quando cuidamos do meio ambiente e do impacto na natureza (reciclando, reutilizando e reduzindo), além de viver de forma mais harmônica e respeitosa com a terra e tudo que vem dela e habita sobre ela junto de nós (como as árvores, os animais, os rios e mares etc) e a partir daqui, trabalhar com ela também no micro, que é cuidar do ecossistema que existe em nosso corpo – como nos nutrimos, alimentamos e nos tratamos.

Assim como tratamos a Mãe Terra nós nos tratamos.
Assim como nos tratamos, nós tratamos a Mãe Terra.
Assim como tratamos uns aos outros, nós tratamos a Mãe Terra e todas as relações.

Como você quer ser tratada?
Como você quer tratar a Terra?
O que você deseja deixar para as futuras gerações e qual impacto você causa dia a dia?


Pachamama, para mim, é acima de tudo viver e se relacionar de forma consciente, respeitosa, cooperativa, coletiva e integrada. Ela nos lembra que somos uma grande irmandade que vive na Terra sobre o mesmo solo e que perante ela somos todos iguais.

“Terra, Divina Mãe, que gera todos os seres e cria todas as coisas, cuja influência desperta, acalenta e adormece a natureza. Mãe que fornece a nutrição da vida e a protege com um abraço sustentador. Mãe amorosa que recebe o corpo do homem quando o seu espírito se afasta, chamada com razão a Grande Mãe, fonte de poder de deuses e mortais, indispensável para tudo o que nasce e morre. Senhora, Mãe, Deusa, eu A reverencio e invoco Seu sagrado nome para abençoar a minha vida, lhe agradeço pelas dádivas e por me receber no fim da minha jornada.”
Prece inglesa do século XI


Sejamos gratos por tudo que ela nos oferece diariamente! 
Vamos buscar ser filhos melhores! 
Não podemos voltar atrás, mas podemos sim olhar para frente e fazer um final diferente. 
Somos terráqueos! 
Filhos da Mãe Terra! 
Nós e todos os seres vivos! 
Vamos nos respeitar como irmãos e respeitar todas as formas de vida, também, como irmãos, pois vivemos todos aqui no Planeta Terra. 
Nós, seres humanos somos superiores e por isso devemos proteger os fracos,os idosos, as crianças, as mulheres, os animais, a natureza e toda forma de vida. 
Se agimos diferente disso, somos menos que os animais. 
Menos que os piores dos piores. 
Ahooooo Pachamama!!!! 
 Rufem os tambores!!!! 
O som dos corações!!! 
Tupanãtiskama! 
Sulpaiki!

Esse final recebi pelo zap sem autor...

A terra é nosso lar, nosso alimento.... fora dela ainda não encontramos um lugar onde podemos viver e em todas as civilizações em todas as eras ela sempre foi contemplada e reverenciada... então hoje só me curvo a sua grandiosidade....

GRATIDÃO

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